Avareza um dos piores dos sete pecados capitais
Avareza
vem do latim, “avaritia”, que significa cobiça, ganância; desejo excessivo de bens; desejo imoderado, incontrolável de adquirir e acumular riquezas; apego excessivo a dinheiro e bens materiais.
Uma pessoa avarenta
é aquela que tem um apego exagerado aos bens, só pensa em acumular cada vez mais e mais bens móveis e principalmente, imóveis, sem saber ao certo o que fazer com seu patrimônio. O avarento é aquele que se deixou dominar
pela cobiça, que desenvolveu um apego sórdido ao dinheiro, às riquezas e aos bens; que se entregou ao desejo desordenado de possuir e acumular. Sempre se quer mais e mais, sem saber ao final o motivo dessa gula incontrolável em
acumular bens e sem sequer usufruí-los. O avarento é incapaz de gastar, de desfazer-se de algo seu, tem um verdadeiro pavor em gastar o que acumulou, em perder o que possui e não consegue compartilhar algo que lhe pertença, mesmo
diante de extrema necessidade sua ou de outrem. Em suma, o avarento é uma pessoa de posses, mas tem uma vida miserável, para si e sua família. E a palavra doação o causa alergia.
Em Divinópolis, cidade com mais de duzentos mil habitantes, temos duas realidades antagônicas: de um lado, uma cidade polo da confecção, com empresas significativamente rentáveis, com grandes profissionais liberais, e de outro: ruas cheias de buracos, dependentes químicos nos abordando o tempo todo e entidades carentes precisando de ajuda imediata. São poucas pessoas que merecem aplausos em nossa cidade por abraçar causas sociais. É muito simplista o argumento de que o problema não é nosso, que nossa carga tributária é elevadíssima e já pagamos por isso, delegando o problema ao governo. Em países desenvolvidos, as pessoas mais privilegiadas financeiramente doam milhões de dólares. No Brasil, doa-se muito pouco em vista do que poderíamos doar e, em Divinópolis, em particular, a avareza daqueles que tem dezenas ou centenas de imóveis chega a causar náuseas.
Se uma pessoa tem uma renda considerável, se desfazer de um por cento dela mensalmente não o empobrece e muito menos compromete suas finanças ou qualidade de vida. Ajudar quem precisa é uma dádiva
e reverte em favor do doador em forma de alegria. Seria bom viver em uma cidade onde aqueles que têm muito doassem ao menos parte de sua renda a favor da população.
Deveríamos nos pautar pelos exemplos de pessoas como
Warren Buffet, que sempre foi solidário a causas sociais e recentemente decidiu doar US$ 2,6 bilhões para a “Fundação Bill e Melinda Gates”, entidade criada pelo fundador da Microsoft que realiza ações
na área da saúde e financia projetos de pesquisa e desenvolvimento sustentável no mundo inteiro. O megainvestidor, de 82 anos, tem um histórico de várias ações de cidadania – só em 2008, Buffet
doou US$ 1,8 bilhão à mesma instituição de caridade. Por meio de um comunicado, Warren Buffett informou que a doação faz parte de seus planos de contribuições anuais para instituições de
filantropia. Quando morrer, a maior parte da sua fortuna será entregue a uma instituição de caridade que leva seu nome, sendo que apenas uma pequena parcela de seu patrimônio será destinada aos herdeiros.
Outro exemplo é da bilionária Sara Blakely, que estreou na lista de bilionários da revista Forbes em 2012 como a mulher mais jovem a atingir fortuna de US$ 1 bilhão, decidiu investir metade sua fortuna
em causas sociais. A mulher decidiu participar do The Giving Pledge - criado por Warren Buffet, Bill Gates e Melina Gates -, programa que reúne bilionários dispostos a investir metade de suas fortunas em causas sociais.
O instituto de caridade
de Warren Buffett e Bill Gates, a Giving Pledge, ganhou no início de 2013 a participação dos seus primeiros bilionários de fora dos Estados Unidos. Ao todo, 12 novos empresários de vários países se comprometeram
a doar pelo menos metade de suas fortunas à entidade, entre eles, estão Richard Branson, empresário britânico que fundou a Virgin; o bilionário russo Vladimir Potanin; o magnata dos softwares indiano Azim Premji; e o segundo
homem mais rico da Ucrânia, o empresário Victor Pinchuk.
"Coisas não trazem felicidade", disse o britânico Richard Branson em sua carta. "Família, amigos, boa saúde e satisfação que vêm
de fazer uma diferença positiva são o que realmente importa. Felizmente meus filhos, nossos principais herdeiros, concordam comigo nisso".
Um personagem das histórias em quadrinhos que personificou a avareza como poucos foi o Tio Patinhas, criado por Carl Barks nos estúdios Disney em 1947. Dono de uma fortuna quaquilhonária, o velho muquirana, o pato mais rico de Patópolis, ama o dinheiro acima de todas as coisas. Temos que ter muito cuidado para não nos tornarmos uma réplica do Tio Patinhas!
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Gostei
Obrigada Fernanda! Gostaria de conhecê-la pessoalmente
Adorei as dicas de emprego, melhor para se manter em um. Valeu